Olá viajores!!!
O ano de 2021 chegou cheio de novidades! Tivemos a
nova temporada do Cobra Kai, seriado que estou gostando muito, tivemos a
estreia de um novo seriado na Netflix sobre a Vida Após a Morte, que estou
assistindo ainda para ver como é, e, claro, a grande animação da Disney e
Pixar, que foi lançada no final do ano de 2020, mas que a grande maioria das
pessoas só assistiu agora, no início de 2021, SOUL!
E é sobre esta
animação fantástica que gostaria de tecer alguns comentários hoje.
Soul é uma animação produzida por Walt Disney Pictures e Pixar
Animation Studios, distribuído pela Walt Disney Studios Motion
Pictures. Mas, cá entre nós (é um segredo, não espalhem) é facilmente
encontrado na Internet nos sites de filmes
online.
Soul foi produzido pelo mesmo diretor do DivertidaMente
(Inside out, 2015), Pete Docter. DivertidaMente já era um desenho muito
inteligente. Mas, Soul se supera!
A
animação Soul tem um desenho belíssimo, muito bem feito, chegando a momentos
que até esquecemos que estamos vendo uma animação, como nos movimentos das mãos
do personagem ao dedilhar o piano. Mas, além disso, não dá para deixar de
observar a trilha sonora, muito bem feita, com músicas de Jazz, visto que o
personagem Joe Gardner é um músico frustrado de Jazz.
Okay,
a música é boa, a imagem é muito bem feita... Mas, e a estória... (sim, com
“e”... creio que vocês sabem que tem uma diferença...)... a estória é o que
mais interessa para nós, que estudamos a espiritualidade.
O
filme gira em torno de um músico de Jazz, Joe Gardner, um músico já de
meia-idade que se mostra extremamente frustrado com sua vida de professor de
música em uma escola pública, pois deseja fervorosamente tocar em uma banda de
Jazz conhecida. Então, Joe consegue a sua grande chance de tocar com uma grande
musicista de Jazz e, na sua empolgação, cai em um bueiro e fica em coma.
Inicialmente, acreditamos que ele morre, pois passa imediatamente para o plano
intermediário entre a vida e a morte, subindo uma escada em direção a “grande
passagem”. Contudo, Joe se recusa a ir para a “grande luz” e acaba caindo num
plano intermediário onde as almas estão sendo preparadas, adquirindo sua
personalidade, para encarnar na Terra. Aí, entra o segundo personagem
principal, a 22 (sim, esse é o nome dela), que é uma alma que não deseja
encarnar, pois não encontra nada que a faça ter um sentido para vir para a
Terra.
Neste
ponto abro um parêntese para levantar rapidamente uma questão. O filme traz uma
interessante reflexão nesse ponto. Será que quando nascemos já trazemos uma
personalidade formada? Ora, se assim for, não somos uma “tábula rasa”, como
pensavam alguns filósofos. Mas sim, somos seres que já trazem uma bagagem
espiritual, como acreditavam Sócrates e Platão, quando diziam que não
aprendemos nada, apenas relembramos o que já sabíamos quando estávamos “do
outro lado”, antes de nascermos aqui.
Bem,
continuando a falar sobre o filme, Joe busca de todas as formas retornar ao seu
corpo físico e, com a ajuda da 22 passam por diversas aventuras, tanto no plano
extrafísico, onde, com a ajuda do “Bicho grilo”, um projetor extrafísico que
auxilia Joe no retorno ao seu corpo físico, quanto no extrafísico.
Aqui,
abro o segundo parênteses... a cena onde o Bicho Grilo, junto com outros 3
projetores extrafísicos, auxiliam determinadas pessoas que tem a aparência
grotesca devido ao acúmulo de preocupações a sua volta, traz outra grande
reflexão. Embora de forma figurada, a questão é muito bem colocada! Na verdade
é sabido que muitas pessoas sobrecarregam suas auras de tal forma que as
“escurecem”, trazendo diversas doenças psicológicas e até físicas para sua
existência terrena. Então, esta é outra temática interessante de ser discutida
sobre o filme.
Mas,
voltando novamente ao filme, que, como vocês já viram, traz diversas reflexões,
vemos as confusões que Joe e 22 quando ao viram para o plano físico acabam
trocando de corpos, sendo que a 22 entra no corpo do Joe e, por sua vez, Joe
entre no corpo de um gatinho.
Para
não me estender muito e não contar o filme todo para vocês, resumo dizendo que
ao viver a fisicalidade, 22 percebe as belezas de estar encarnado e vivendo no
aqui e agora. Joe, por sua vez, ao retornar posteriormente ao seu corpo e
conseguir o seu intento de tocar em uma banda de Jazz, vê que isso não o
satisfaz. Poderia abri um terceiro parênteses aqui para falar sobre como
desejamos muitas coisas, acreditando que isso nos trará a felicidade, quando na
verdade, ao realizarmos um desejo, só abrimos margem para surgir outro desejo.
Afinal, desejamos o que não temos e quando temos, deixamos de desejar, então,
passamos a desejar outra coisa. Esse é o problema de colocar a felicidade em
algo.
Assim,
Joe compreende que a magia da vida é o viver! É o estar presente no aqui e
agora, curtindo cada momento e isso ficou evidente quando 22 experimentou a
fisicalidade.
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