Olá amigos
O artigo recentemente publicado pelos pesquisadores austríacos no que tange as experiências de quase morte, apesar de uma longa pesquisa, revela dados inconclusivos e uma conclusão errônea, de que as EQM são frutos unicamente do cérebro. Portanto, a existência de algo após a morte não existe.
Como podemos ver na tradução que fiz do artigo publicado no site PHASE TODAY (Phase Today – The first phase news media: lucid dreams, sleep paralysis, OBE, etc.), a pesquisa foi realizada por (longos) sete anos, para se chegar a um resultado completamente falho. Isso porque os cientistas insistem em partir de premissas iniciais falhas para fazer conclusões igualmente falhas.
Gostaria de levantar alguns pontos sobre esta pesquisa.
Primeiramente, não nego totalmente a conclusão dos pesquisadores. Há a possibilidade destas experiências serem fruto do cérebro e talvez muitas realmente sejam. Contudo, "bater o martelo" afirmando que sejam realmente frutos do cérebro, é forçar uma conclusão.
O teste de verificação física da realidade não é algo novo e já foi realizado por diversos outros pesquisadores, inclusive até mesmo em um programa de televisão com duas pesquisadoras do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), tendo, novamente, resultados inconclusivos mas curiosos e instigantes.
Não obstante, este teste traz algumas dificuldades inerentes e que certamente não seriam aceitas pelo método científico clássico devido a se tratar de premissas de cunho metafísico e sem bases concretas para a ciência. Só aí já haveria uma grande dificuldade na discussão do assunto. Afinal, a ciência clássica newtoniana não aceita a premissa de outras realidades de consciência, de níveis vibratórios etc. Até mesmo a moderna física das partículas, embora conjecture sobre o assunto, ainda não passa da teoria para a prática. Portanto, o teste de verificação física precisa que a experiência extracorpórea ocorra em nível físico para a observação do objeto proposto, o que, como vimos na própria pesquisa, não é o mais comum de acontecer. Relatos de encontro com parentes falecidos, a experiência do túnel, experiências em outros locais, tudo sugerem que o paciente acessou outro nível de consciência que não mais o físico.
Por outro lado, temos os casos de pessoas que relatam a visão dos médicos realizando o processo de ressuscitação, etc, que estes, sim, estariam ocorrendo em nível físico e portanto poderiam ser comprovados empiricamente. Mas, aí surge outro problema... se você estivesse morrendo, com cargas imensas de secreções cerebrais sendo jogadas no cérebro (DMT), será que a sua preocupação seria colaborar com uma pesquisa olhando um notebook em uma plataforma acima do leito? É provável que sua atenção esteja em muitas outras coisas do que a imagem que está passando em um notebook. Mesmo assim, não podemos desconsiderar a possibilidade. Mas, aí, para ser mais justo, o tal notebook deveria estar em vários outros centros de emergência hospitalar para não se restringir a pesquisa há um único local. Além disso, cabe dizer que o processo de ressuscitação é rápido e traumático, mesmo que o paciente permaneça sobre o corpo físico, a atenção pode estar voltada para o processo e não tanto para os arredores. Ainda assim, não devemos negligenciar a conclusão da pesquisa. Novamente repito, há a possibilidade.
Por fim, concluir, através desta pesquisa, que a consciência é unicamente fruto do cérebro, seria negligenciar todos os outros milhares de relatos que mostram situações contrárias à esta pesquisa, por não se encaixarem no método científico utilizado pelos pesquisadores. É UMA pesquisa e querer ter a pretensão de ser conclusiva, é no mínimo arrogância. Existem muitos outros fatores a serem considerados do que apenas a observação física de uma imagem. É muito reducionista e simplista querer definir a existência da consciência além do cérebro físico contando apenas com um único dado empírico algo que, claramente, não é empírico. Mesmo assim, pesquisas como estas são importantes para que o assunto seja cada vez mais amplamente estudado e pesquisado.
Prof. Guilherme Fauque
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