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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Pensando sobre a Pesquisa Austríaca sobre EQM

Olá amigos

O artigo recentemente publicado pelos pesquisadores austríacos no que tange as experiências de quase morte, apesar de uma longa pesquisa, revela dados inconclusivos e uma conclusão errônea, de que as EQM são frutos unicamente do cérebro. Portanto, a existência de algo após a morte não existe.

Como podemos ver na tradução que fiz do artigo publicado no site PHASE TODAY (Phase Today – The first phase news media: lucid dreams, sleep paralysis, OBE, etc.), a pesquisa foi realizada por (longos) sete anos, para se chegar a um resultado completamente falho. Isso porque os cientistas insistem em partir de premissas iniciais falhas para fazer conclusões igualmente falhas. 

Gostaria de levantar alguns pontos sobre esta pesquisa. 

Primeiramente, não nego totalmente a conclusão dos pesquisadores. Há a possibilidade destas experiências serem fruto do cérebro e talvez muitas realmente sejam. Contudo, "bater o martelo" afirmando que sejam realmente frutos do cérebro, é forçar uma conclusão. 

O teste de verificação física da realidade não é algo novo e já foi realizado por diversos outros pesquisadores, inclusive até mesmo em um programa de televisão com duas pesquisadoras do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), tendo, novamente, resultados inconclusivos mas curiosos e instigantes. 

Não obstante, este teste traz algumas dificuldades inerentes e que certamente não seriam aceitas pelo método científico clássico devido a se tratar de premissas de cunho metafísico e sem bases concretas para a ciência. Só aí já haveria uma grande dificuldade na discussão do assunto. Afinal, a ciência clássica newtoniana não aceita a premissa de outras realidades de consciência, de níveis vibratórios etc. Até mesmo a moderna física das partículas, embora conjecture sobre o assunto, ainda não passa da teoria para a prática. Portanto, o teste de verificação física precisa que a experiência extracorpórea ocorra em nível físico para a observação do objeto proposto, o que, como vimos na própria pesquisa, não é o mais comum de acontecer. Relatos de encontro com parentes falecidos, a experiência do túnel, experiências em outros locais, tudo sugerem que o paciente acessou outro nível de consciência que não mais o físico. 

Por outro lado, temos os casos de pessoas que relatam a visão dos médicos realizando o processo de ressuscitação, etc, que estes, sim, estariam ocorrendo em nível físico e portanto poderiam ser comprovados empiricamente. Mas, aí surge outro problema... se você estivesse morrendo, com cargas imensas de secreções cerebrais sendo jogadas no cérebro (DMT), será que a sua preocupação seria colaborar com uma pesquisa olhando um notebook em uma plataforma acima do leito? É provável que sua atenção esteja em muitas outras coisas do que a imagem que está passando em um notebook. Mesmo assim, não podemos desconsiderar a possibilidade. Mas, aí, para ser mais justo, o tal notebook deveria estar em vários outros centros de emergência hospitalar para não se restringir a pesquisa há um único local. Além disso, cabe dizer que o processo de ressuscitação é rápido e traumático, mesmo que o paciente permaneça sobre o corpo físico, a atenção pode estar voltada para o processo e não tanto para os arredores. Ainda assim, não devemos negligenciar a conclusão da pesquisa. Novamente repito, há a possibilidade. 

Por fim, concluir, através desta pesquisa, que a consciência é unicamente fruto do cérebro, seria negligenciar todos os outros milhares de relatos que mostram situações contrárias à esta pesquisa, por não se encaixarem no método científico utilizado pelos pesquisadores. É UMA pesquisa e querer ter a pretensão de ser conclusiva, é no mínimo arrogância. Existem muitos outros fatores a serem considerados do que apenas a observação física de uma imagem. É muito reducionista e simplista querer definir a existência da consciência além do cérebro físico contando apenas com um único dado empírico algo que, claramente, não é empírico. Mesmo assim, pesquisas como estas são importantes para que o assunto seja cada vez mais amplamente estudado e pesquisado.

Prof. Guilherme Fauque

Cientistas Tentam Resolver as Experiências de Quase Morte

Abril 19, 2023


O estudo dos estados de fase (sonhos lúcidos, experiências fora do corpo, etc.) geralmente é um campo desafiador porque é difícil ter acesso a experiencias subjetivas. Quando se trata de experiências de quase morte (EQM), os pesquisadores normalmente analisam os relatos dos sobreviventes. Recentemente, entretanto, cientistas da Austria – Sterz, Berger, Ruzicka e Beisteiner – decidiram tentar uma metodologia diferente em um experimente conduzido por sete anos.

O time de pesquisadores colocara um notebook acima da cama (dois metros acima do chão) no departamento de emergência com a tela virada para o teto. A suposição era de que somente aqueles que tivessem experiencias fora do corpo e estivessem olhando de cima para baixo seus corpos, seriam capazes de ver o conteúdo projetado na tela. O dispositivo mostrava imagens que mudavam randomicamente a cada conjunto de algumas horas. As figuras não eram publicadas em lugar algum e não eram conhecidas nem mesmo da equipe de pesquisadores. Entretanto, o histórico das projeções eram armazenados no computador, permitindo que os dados e a hora da imagem projetada pudesse ser determinada.

Finalmente, os pesquisadores selecionaram 126 pacientes que tinham passado por um ataque cardíaco. Destes, somente vinte (20) relataram experiencias mais ou menos interessantes, e somente cinco (5) casos foram classificados com EQM no sentido estrito do termo. Três indivíduos relataram ter encontrado partes falecidos, um teve uma experiencia de quase morte, e outro entrou em um túnel colorido. Como os autores notaram, quanto mais rápidas as medidas de ressuscitação cardíaca pulmonar eram feitas, maiores eram as probabilidades de memórias detalhadas.

Somente uma vez, durante todo o experimento, os pesquisadores sentiram que sua paciência havia sido recompensada e o paciente descreveu uma das imagens randômicas. Uma mulher relatou ver flores e compreendeu naquele momento que deveria voltar. Entretanto, o histórico das projeções de imagens não relatou nada em comum com o relato da paciente. Pode parecer que o experimento falhou, mas de acordo com os autores, ele na verdade confirmou que a consciência depende unicamente das funções cerebrais.

Além disso, os autores controlaram a auto-sugestão. Dois terços das pessoas que responderam a pesquisa eram familiares com o conceito de EQM, mas de acordo com os pesquisadores, isso não afetou suas percepções. Os pesquisadores destacaram uma mulher como um caso particularmente impressionante, pois ela relatou nunca ter ouvido falar de EQMs antes do seu estado de morte clínica e somente começou a busca informações sobre o fenômeno depois de sua experiência.

 Você tem alguma ideia para um experimente que possa confirmar as experiências de quase morte?

 O artigo foi publicado em Março de 2023 no periódico Clinical Medicine.

 

Pensando sobre a Pesquisa Austríaca sobre EQM

Olá amigos O artigo recentemente publicado pelos pesquisadores austríacos no que tange as experiências de quase morte, apesar de uma longa p...